Li CARTA A UM POETA -- 05/11/2000 - 16:06
Milene Arder, e me senti gratificado.
Escrevo e pergunto:
Trata-se, sua carta a um poeta, de uma carta?:
a. a um jovem poeta?
b. a um poeta idoso?
c. a todos os poetas? ou
d. a um poeta cujo nome você não quis revelar?
Escrevo e afirmo, enquanto isto que:
Trata-se sua carta de uma carta
poética e que, como tal, poder-se-ia incluí-la
entre as poesias, porquanto a poesia reside
em tudo que tenha beleza e sua carta é
plena de beleza.
Recomendo aos navegantes da caravela USINA DE
LETRAS que leiam a "Carta a um poeta de
Milene Arder".
Suponho que ficarei credor da gratidão
dos que atenderem
a meu convite.
Diógenes Pereira de Araújo
Poeta de minha alma
Não apenas te escrevo...
Quero dar-te a mão em cuja palma embala-se
a POESIA a resvalar carícias leves
à procura de um ninho onde possa repousar.
Sempre que morre um pássaro, um raio de sol
ofusca-se no firmamento... O canto das águas
emudece nas fontes, pois em suas asas refulgia
o sol na sua preguiça matinal e o riacho borbulhava,
na atração do canto sonoro que fazia vibrar toda a relva, até as mais tímidas flores do fundo da gruta solitária e triste.
É aqui, poeta, que se encontram meu sentir e o teu.
Pois, cúmplices da BELEZA dos campos
em seus delirantes matizes verdes, multicores,
buscamos nas palavras o SENTIDO mais amplo
a sensibilizar almas e corações abertos ao amor,
nossa temática essencial. ´
Desta forma estreita-se a nossa identidade.
Condutores de sonhos, alimentamos a fantasia daqueles que, mesmo
acordados, saboreiam os delírios de nossa inspiração e intensificam-nos o brilho criativo.
Efeito por uma grande causa.
Por isso, vaga nosso pensamento sempre em sintonia com os que crêem que no carrossel da imaginação
voamos com o vento aos
Quatro Cantos do Mundo dos Sonhos.
É aqui que o nosso SER infunde-se
na contemplação
do belo e navega
pelo OCEANO DA POESIA.
Milene Arder
Esta carta é dirigida, não só ao poeta que reside
dentro de cada um, mas àquele que, como eu,
escreve pelo simples prazer de conviver
com o mundo da poesia e por alguns momentos
consegue alienar-se da realidade em que o caos acaba por nublar as esperanças
de um mundo mais colorido... Talvez AZUL
